Todo dia é dia...

Podem me chamar de insensível, de chata, de "do contra", do que quiserem, eu realmente não me importo...e não mudo minha opinião: Dia dos Namorados (e todas estas datas “comemorativas”), pra mim, não existem. Há anos foram abolidas do meu calendário. Entra ano e sai ano é a mesma coisa: as mesmas propagandas bregas, o mesmo apelo pseudo-romântico...é o fim!!! Quer dizer que o casal pode “quebrar o pau” o ano inteiro, contanto que não esqueçam de se presentear no “grande dia”? É isso? Tudo que não quero para minha vida é um relacionamento assim! Tudo que não quero pra mim é a mídia dizendo o que devo fazer e quando devo dar atenção a quem amo...Isto é realmente inconcebível!
Uso este mesmo raciocínio para outras datas similares...que, pra mim, só são comemorativas para o comércio mesmo. Tem coisa mais ridícula que aquele clima de solidariedade forçado de fim de ano? O cara cospe no mendigo o ano inteiro, aí - justamente na época natalina - começa a se achar o generoso (contagiado pelas músicas de reveillon da Globo), doa um pacote de feijão, uma calça furada, e passa a achar que o mundo melhorou...tenha dó!
Outro exemplo clássico é o daquela pessoa que não se importa realmente com você, mas que no dia do seu aniversário passa um “scrap” ou uma mensagem pro seu celular, se achando o maior amigão, dizendo que você é especial e essas baboseiras todas...Do que vale tudo isso? Você realmente se acha especial assim?
A verdade é clara, não adianta mascarar. E eu quero apenas o verdadeiro, não aceito embuste. Quanto ao meu “timing”, só acredito mesmo no HOJE. E é hoje que dou valor ao ser humano, à vida, a quem amo. É hoje que não jogo lixo no chão, é hoje que respeito às pessoas (inclusive as menos favorecidas), que não maltrato animais... e é hoje que dou valor a quem amo. Gosto da espontaneidade, de dizer “eu te amo” de repente (nem sempre com palavras), sem ter que esperar o “Dia do Amigo”, o “Dia dos Pais”, o aniversário, o Natal, ou o dia que for!!!! Amo-os e respeito-os todos os dias. E presenteio sempre que posso, com um abraço, uma mensagem, um telefonema, um carinho, um ombro e um ouvido disponível...que vale mais que mil presentes, ao meu ver. Sem falsas palavras ou sorrisos, e principalmente sem data marcada.
Texto publicado em 09/06/2005 e postado no meu antigo blog, http://comediadiaria.zip.net/ (o primeiro sobre datas comemorativas).
1 Comentários:
Anne,
você é muito chata! Gostei do texto e vou continuar te acompanhando nos seus escritos azedos.
Carlos Freitas.
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