A insustentável "estranheza" de ser

Há pessoas que não foram feitas para este mundo...e a ele não conseguem se adaptar, por mais que tentem, ao longo da vida. De praxe, descobrem muito cedo a hostilidade deste mesmo mundo aos "seres estranhos" que são e passam toda uma existência se debatendo, como um animal assustado numa pequena jaula. E eu sou assim...e também descobri muito cedo que aqui não é meu lugar. Aos 4 anos eu já sabia disto. Aos 6 anos, me sentia extremamente solitária e, para aliviar, fazia poesias cujo tema era uma estrelinha e "toda saudade angustiada que um homem pode ter", ao ver que ela tinha desaparecido do céu. Na mesma época, comecei a escrever em um diário, hábito que me acompanhou até os 14 anos, quando em um ataque de rebeldia, resolvi destruir todos os meus textos...até hoje me arrependo deste "feito" juvenil. Aos 9, lia muito e escrevia poesias sobre me libertar do peso da existência...coisa não muito apropriada para uma menina da minha idade.
Hoje, aos 30, não mudei tanto...só estou mais resistente às porradas da vida, a ponto de até conseguir rir dela e de mim mesma (sempre com um toque de ironia, confesso). Mas, definitivamente, ainda guardo a mesma certeza de quando eu, aos 4 anos, num momento de lucidez precoce, parei e pensei: "eu não sou daqui. Gostaria de ir pra casa".
Hoje, aos 30, não mudei tanto...só estou mais resistente às porradas da vida, a ponto de até conseguir rir dela e de mim mesma (sempre com um toque de ironia, confesso). Mas, definitivamente, ainda guardo a mesma certeza de quando eu, aos 4 anos, num momento de lucidez precoce, parei e pensei: "eu não sou daqui. Gostaria de ir pra casa".
2 Comentários:
Não deixaremos de explorar, e o fim da nossa exploração será chegar ao ponto de onde partimos e conhecer esse local pela primeira vez. (T.S. Elliot)
Eu deixei o comentário no post errado... rs Na realidade, esse é o verdadeiro texto fodástico.
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